Prediletos

30.4.03

Efeito Pretérito

Primeira constatação – existem grandes corporações que fazem trabalhos legais na internet, divulgando seus produtos de forma decente.

Segunda constatação – existem grandes corporações que dedicam parte de seus sítios para trazer informações legais, recuperar memória e música legal. Mesmo quando isto tem pouco, ou muito pouco a ver com seu core business..

Aqui você encontra uma página dentro do site da sony onde apresenta o novo trabalho de lanny gordin. Além disto, traz um pouco da biografia desta lenda da guitarra brasileira (qualquer chavão é pouco para descrever lanny gordin, acredite). Para terminar, você ainda encontra dois arquivos mp3 de seu novo trabalho, o Projeto Alpha. Este material foi todo gravado em um aparelho MD da Sony (sim, eles também têm que vender o peixe deles), ligado a uma mesinha de 8 canais.

Ah, sim!! De quebra, lá você pode descobrir por onde anda Rogério Duprat.

24.4.03

Morbidez

Para quem é curioso ou apenas tá a fim de ver morte de políticos americanos, vale muito a pena visitar o The Political Graveyard. Ele cataloga as mortes de políticos americanos por tudo o que é tipo de categoria possível. Por exemplo: é mais fácil político morrer de raio, chuva e derivados (10) do que de envenenamento ou overdose (9), bem como mais fácil eles morrerem em incêndios ou explosões (24) do que em acidentes com armas (19). Apenas um político, o deputado Isaac M.Jordan, teve o azar de morrer num acidente de elevador, em 1890.

É mais fácil morrerem os políticos filiados à Associação Americana de Bares do que os ligados à Associação Dentária Americana. Apenas 31 políticos gays morreram, o que pressupõe um complô incruento contra os políticos heterossexuais. A verificar.

13.4.03

Yo, muthafucker!

Tá traduzindo alguma história que se passa no Bronx e ficou embananado com o vocabulário dos manos, pow, e das minas, pá, da Gringolândia? Então vai aqui.

7.4.03

O pequeno poder

Todo mundo tem alguma história de confrontação com os pequenos poderes, aqueles que são detidos por secretárias impertinentes, seguranças mal-educados e...porteiros. No Zélador, você vai poder acompanhar alguns episódios hilariantes do porteiro Zé, sempre com aquele gosto de deja-vú, seja porque você foi vítima de situações semelhantes ou alguém próximo a você passou por isto.

A gargalhada é garantida, mas é uma gargalhada amarga, porque todos nós sabemos que na origem dos pequenos poderes estão a ignorância, a pobreza e a humilhação cotidiana que os Zés sofrem por aí.

6.4.03

Lado A, Lado B

Não, não é o disco do Rappa... É uma outra loja de discos, a Durval Discos, cujo dono, o Durval (o fulano aí do lado,dançando com a menina), ficou meio perdido em algum ponto dos anos 70, como um Rob Flemming dos trópicos. Como nos tempos do velho vinil, o sítio é dividido em Lado A e Lado B.

O primeiro lado encontramos a trilha sonora do filme, fotos promocionais, release e críticas. O ponto alto aqui são os testes do elenco (só pra quem tem aquela velha senha daquele brother camarada assinante do UOL).

Já o lado B, traz o lado B: detalhes técnicos, sequência de filmagens, estudos de arte e cenografia e, o mais legal do disco - o roteiro do filme (não completo, para não contar o fim da história..)

Pra quem gosta de cinema e pra quem é curioso, como eu, um sítio bem legal para se visitar...

5.4.03

Acreditem, tudo seria diferente

Se não fosse pela ação de determinadas pessoas, as coisas da forma que as vemos e entendemos seriam diferentes. O showbizz seria diferente se um caipira chamado Elvis não tivesse gravado um disco para sua mãe em um parque de diversões.

Da mesma forma, a cena independente que surgiu em São Paulo nos anos 80 formou a primeira geração "rock" desde o fim melancólico dos Mutantes. E esta cena só existiu desta forma graças à Baratos Afins, que fica no que hoje todos conhecemos (graças a ela, também, por ter sido a pioneira) Galeria do Rock.

Desde 1978, Luiz Calanca (o cara à esquerda na foto ao lado) está lá abrindo espaço para o novo e preservando com carinho o que deve ser preservado. Se por um lado, ele lançou gente como Smack, Mercenárias, Gueto, por outro relançou Arnaldo Baptista , Jorge Mautner, Tom Zé (muito antes do David Byrne), entre outros..

Cansei de ir naquela loja. Cansei de fazer péssimos negócios com ele (deixei lá o primeiro solo do Roger Taylor e me arrependo até hoje). Mas foi lá que comprei Echo & The Bunnymen pela primeira vez. Foi lá que comprei Mutantes, Akira S, Gueto. Tenho certeza que os integrantes de muitas bandas que gostamos andaram bastante pela Galeria como um todo, e na Baratos em especial.

No site da Baratos, você pode ver um pouco desta história, ´conhecer o catálogo do selo, ver fotos, abaixar MP3´s (embora você o Calanca detone o formato: "O som do MP3 é ridículo. É melhor dar uma lavada em um disco de 78 rotações, pendurá-lo no varal e colocá-lo para tocar em um gramofone, que o som ainda vai ser melhor que o do MP3. E tem gente que adora esse ruído digital!"), etc..

Se você conhece a loja, mate a saudade. Se você nunca ouviu falar, esta é sua chance. Um amigo meu certa vez disse: "Não consigo entender como existem estas bandas formadas por gente que nunca teve que ralar sola de tênis atrás de um vinil nas Galerias". Concordo, mil vezes concordo.

P.S.: Aliás, alguém tem algum vinil do Smack para me emprestar?

2.4.03

TODAS AS CAPAS

Comemorando seus 80 anos, a revista Time botou no ar uma busca de todas as suas capas, desde 1923. Vale MUITO a pena.

O destaque, pra mim, é a capa do 75º aniversário, em 1998. Ela inspirou a capa da edição de 30 anos da Veja, no mesmo ano.