Prediletos

21.9.03

Inusitado. No mínimo.

Em oito, quase nove, anos de internet, sempre me fascinei pelo fato de que tem de tudo na internet, e achava que já tinha visto de tudo. Mas fórum de resenhas de prostitutas é exagero, né? Um amigo me mandou o link e eu estou rolando de rir aqui. Chega a ser hilário. Os caras perguntam como é que fulana atende. As respostas são algo assim:

"Semana passada não encontrava quem eu queria arrisquei com a Karen, uma loira do Ellass. Galera, gato por lebre brabo, roubada. A mina até que é simpática, mas muito fraquinha. E aquela bunda da foto simplesmente não existe." ou "Ela diz que cobra 200, mas pra mim fez por 150".

Resenha de prostituta. Mas hem?

18.9.03

Chave de cadeia

Masuimi Max é uma moça, hum, interessante. Atriz, modelo e “dançarina exótica”, ela é sexy. Ela gosta de beber. Ah, sim, ela gosta de armas. E ela é muito brava com quem pega imagens do site dela, por isto que ela não aparece aqui no preds..

No site da Masuimi (pronuncia-se “masumi”) dá para saber sobre a vida exótica da moça, ver alguns trabalhos, ver sua coleção de armas, algumas fotos... os mais empolgados, podem pagar para ver fotos diferentes, tipo S&M, bondage, etc e tal..

Masuimi parece ser uma moça bem legal, mas ela já avisa no próprio nome do site - ela é encrenca. Ah, sim, esqueci de dizer: ela é amiga do amigo aí de baixo, o Buceta... cada amizade que ela tem...

10.9.03

Clandestina imagem

Sob o lema "artistas em conflito", o projeto clandestina, já na sua 15ª edição, traz fotógrafos e ilustradores apresentando trabalhos muito interessantes.

Dividido entre fotos (trips), filmes (offf), ilustrações (colors) e magic places, o clandestina libera visões de artistas de vários lugares do mundo.

Na edição atual, fotos gloriosas de Salvador, Varsóvia, Cidade do Cabo, Helsinki e Chenalhó, no México.

No Clandestina Offf, uma curiosa e colorida animação sobre o que sonham os super-heróis.

Abra o menu Clandestina e viaje.

5.9.03

Aos Beatles, ao menos algo além de besouros

Quem se liga em The Beatles deve saber que estes são os mais "coverizados" do planeta.
E é pelo menos esta liderança que a banda ostenta no The Covers Project. Algo mais que 1220 versões dos Fabulosos por outros artistas estão contidos neste projeto. Mas o quarteto permanece mais popular, com os seus originais, do que qualquer outro com as suas versões. E isto, na realidade, contraria a intenção inicialmente pretendida com o cover.

A propósito disto, há no link uma nota sobre a origem do termo cover song. Atribuída quando da tentativa em 1955, de fazer da versão de Sh-Boom, canção original de The Chords, algo de maior sucesso ainda (é considerado um hit que introduziu o Rhythm &Blues às platéias brancas), com o lançamento pelos Crew Cuts. Dizia-se que o fato desta última ser uma banda de "brancos" e distribuída por uma gravadora major e assim com também, maior execução nas rádios, "cobriria"-se (to cover = cobrir) qualquer chance da versão negra ser a mais conhecida.

O cover, ao longo dos anos, ainda que mantenha o caráter caça-níqueis, que atinja níveis de saturação, felizmente, tem sido mais louvor ao artista/obra admirados do que manobra vil dos comandantes da indústria fonográfica. Se gosta de conhecer versões de suas canções/ artistas prediletos, faça seu test-drive. Há muuuita coisa que não está catalogada. Mas é um esforço objetivando continuidade, do qual você pode participar também ao enviar mensagens com os nomes, que por ventura o site ainda ignora (de preferência acrescentado das melhores referências para aumentar as chances de inclusão).

Independente de sua devoção aos covers, há de convir que o simples exercício de lembrar "quem fez tal versão/ tal artista fez quais" é um passa-tempo e tanto para quem curte o universo da música pop. Ou seja, mais que simplemente ao ligar a FM e parar na primeira sintonia agradável ou mais que somente dançar/assoviar enquanto o ritmo seja dançá- /assoviá -vel. E ainda, uma tentativa de elaborar tipos de "correntes" com músicas, como a mais longa mostrada neste projeto, com 157 canções-covers, é algo mais saudável e construtivo que ocupar-se com a realização das nocivas listas de "melhores", dos tops e hit-parades tão comumente encontradas nas publicações mais influentes e que tanto orientam os gostos das massas.

Liberte-se então desta mania de encarar música como lista do the best of the best and sorry for the rest, essa obssessão de Alta Fidelidade contada com os dedos da mão. Seja mais lúdico ao alimentar sua memória sobre cultura musical inspirando-se em diversos exemplos como o fornecido por este site sobre covers.

Ainda sobre "Os Besouros", talvez fosse útil considerar um endereço específico sobre covers de Beatles. Não se encontra tão atualizado até a data deste post, ainda assim, deve complementar o coversproject. Mas a façanha que The Beatles ainda não foi capaz é a de ter uma única de suas músicas como a mais "coverizada". Tal feito é por enquanto de Ellas Otha Bates McDaniel, que o mundo consagrou como Bo Diddley. A propósito, um "negro", admirado por mais de uma centena de artistas "brancos" que realizaram a sua obra Who do you love. É, como verificável em um post anterior, besouros cobrem QUASE todos os rincões da Terra...

Pra encerrar, cover significa por extensão, capa, por exemplo, de disco, de revista. Fica aqui a lembrança pra quem procura especialmente as de cds, deste bastante procurado por quem não tá nem aí com direitos autorais.

* Com ilustração de Dubravko Matakovic

3.9.03

tá duro?

Deixe de onda e veja como você é um cara rico. O dreher você me paga depois.

2.9.03

Os últimos românticos

OlariaEm tempos de globalização do esporte, políticas agressivas de marketing esportivo, sempre aquele ser romântico fica deslocado. Em um lugar onde até as camisetas pirateadas trazem o logotipo do patrocinador, o que o torcedor abonado pode fazer? Entrar no site da The Old Fashioned Football Shirts Company. Lá na Toffs, você pode encontrar a camiseta do seu time favorito – mesmo que seja o Olaria (ao lado) – da maneira que você mais gosta: sem o nome do patrocinador. Nada contra, mas acho que a Pepsi deveria me pagar para fazer propaganda deles, não o contrário.

Os preços não são muito camaradas (52 libras para a camiseta do Corinthians chegar até sua mão no Brasil), mas a viagem ao passado é de graça.

p.s.: aviso aos navegantes - não, não tem camiseta do Inter. Mas tem do Bangu, ho ho ho.